No Brasil, 679.188 pacientes aguardam na fila para a realização de consultas, exames e cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS). Os números foram atualizados no último dia 9 de maio e divulgados pelo Ministério da Saúde.
Com o objetivo de reduzir essa fila, o Programa Nacional de Redução de Filas (PNRF) pretende avançar com procedimentos de cirurgias eletivas, exames complementares e consultas especializadas.
No início do ano, foram destinados R$ 600 milhões para apoiar estados e municípios nessa redução.
Até o momento, 19 estados já aderiram ao Programa Nacional de Redução das Filas, são eles:
Acre;
Alagoas;
Amapá;
Amazonas;
Bahia;
Ceará;
Distrito Federal;
Espírito Santo;
Goiás;
Maranhão;
Minas Gerais;
Paraíba;
Piauí;
Rio Grande do Norte;
Rondônia;
Roraima;
Rio Grande do Sul;
Santa Catarina;
Tocantins
Segundo o Ministério da Saúde, o programa também prevê estratégias para garantir equipes cirúrgicas completas e melhorar o fluxo de atendimento em todo o Brasil. Cada estado estabeleceu as cirurgias prioritárias, de acordo com a realidade local. Entre os procedimentos mais listados pelas unidades federativas, estão:
Cirurgia de catarata;
Retirada da vesícula biliar;
Cirurgia de hérnia;
Remoção das hemorroidas;
Retirada do útero.
O secretário de atenção especializada à saúde, do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda, afirma que a atuação da equipe responsável pela saúde municipal no desenvolvimento do projeto é essencial para que se possa fazer uma avaliação da quantidade de pessoas que estão na fila de espera e, assim, criar estratégias para reduzir as filas.
“A gente vai tentar consolidar e ofertar soluções inclusive tecnológicas junto com o DATASUS, para facilitar esse manejo, esse reconhecimento das filas em cada estado”, completa
Segundo o diretor de programas na Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, Felipe Proenço, todos os pedidos que chegaram até o início do ano foram contemplados e os demais aguardam as publicações das portarias.
“São mais de 56 mil serviços e equipes que estavam represados. Então, à medida que as portarias forem publicadas pelo gabinete da ministra, vão ser divulgados os prazos”, explica.
De acordo com o Ministério da Saúde, os critérios e detalhes para o repasse dos valores aos fundos estaduais e municipais de saúde serão publicados em portaria. Cada unidade federativa terá que entregar um diagnóstico com a real demanda local por cirurgias, assim como um planejamento para executar o programa de redução das filas, para que seja estipulada a liberação de recursos.
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Fonte: Brasil 61Uma política industrial voltada para atingir metas de avanços da sociedade e na prestação de serviços. É o que propõe a Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao estruturar quatro grandes eixos no Plano de Retomada da Indústria, compartilhado com o governo brasileiro. A diretora de Desenvolvimento Industrial da CNI, Lytha Spíndola, acredita que a política industrial brasileira precisa observar a tendência do mundo de uma industrialização com novas bases.
“A política industrial moderna hoje, que existe e funciona em todo o mundo, nas principais economias do mundo, é uma economia focada em resultados, focada em sustentabilidade, descarbonização, meio ambiente, digitalização, investimento em tecnologia, muita inovação, mas também em competitividade e bons preços.” Para a representante da CNI, o país precisa trabalhar uma industrialização que seja voltada para o bem-estar social e para resolver problemas da sociedade. Ela ressalta a necessidade de melhorar a assistência à saúde e a inclusão de pequenas e médias empresas no esforço tecnológico e de inovação.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirma que “a ausência de uma política industrial clara, com objetivos e benefícios que transbordam a indústria, é uma das razões de o Brasil ter perdido relevância nas últimas décadas. Neste momento, as principais economias do mundo estão se empenhando em ações de desenvolvimento voltadas à inovação, à sustentabilidade e à competitividade internacional. Responder a esses desafios é uma urgência para todos nós, do poder público e do setor privado”.
Quatro missões da indústria
Para implementar a estratégia, a CNI destaca medidas que podem melhorar o ambiente de negócios. De acordo com Lytha Spíndola, são metas que podem contribuir para obter resultados positivos no desempenho do mercado. Segundo a diretora de Desenvolvimento Industrial da CNI, essas missões consideradas prioritárias são realmente aquelas que atendem os anseios da sociedade.
“A seleção das missões prioritárias levou em conta consultas a todas as bases, representações de diversos segmentos da indústria e elegeu quatro missões prioritárias, neste momento, que são a descarbonização da economia; a digitalização das empresas; segurança sanitária, como produção de vacinas, medicamentos, equipamentos médicos e serviços nessa área; e defesa e segurança nacional, que também são estratégicos neste momento”.
O desenvolvimento econômico e social do país depende da superação dos antigos obstáculos associados ao Custo Brasil e pela atenção a temas contemporâneos, como a digitalização e a sustentabilidade, de acordo com a CNI. Lytha Spíndola reforça que o país precisa adotar um plano consistente de descarbonização da economia.
“Hoje em dia, se a produção não é sustentável, os consumidores lá fora já não aceitam aqueles produtos, preferem consumir os produtos que tenham um selo de sustentabilidade, que tenham contribuído para a questão do clima, a preservação do clima, então nós temos metas de descarbonização que vamos cumprir, o Brasil está muito à frente de outros países nesta matéria, mas ainda temos um grande dever de casa em algumas cadeias, principalmente.”
A proposta estruturada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e detalhada no Plano de Retomada da Indústria é um roteiro para o Brasil aproveitar a janela de oportunidades abertas pela necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e pela disseminação das tecnologias digitais na economia. As missões são estratégias transversais que buscam trazer respostas aos grandes desafios da sociedade.
Fonte: Brasil 61
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