Maryuska Pavão
Persistência, obstinação, resiliência. Estas são algumas características da empresária Leicieli Sampaio. Casada com Douglas e mãe da Sophie, ela tem uma trajetória marcada pela busca incessante pelo melhor para si e para as pessoas de sua convivência. Atualmente comanda a Loja Donna, localizada à rua das Celósias, bairro Bandeirantes.
Nascida em Cuiabá, Leicieli passou a infância em Nobres e com 17 anos decidiu vir pra Lucas do Rio Verde em busca de oportunidades. O início não foi fácil. Longe dos pais, optou por morar com uma prima. Mas, preocupada em ter seu espaço, alugou uma casa e, pouco tempo depois, convidou uma das irmãs para morarem juntas. Ela trabalhava durante a semana numa loja de materiais para construção e, aos finais de semana, atuava como manicure. Foi em seu local de trabalho que conheceu Douglas e aos poucos nasceu a amizade que se transformou em amor. “O Douglas apareceu, foi o destino que se encarregou de nos aproximar. Eu o chamo de príncipe até hoje, porque na minha vida, quando ele entrou, foi como um verdadeiro príncipe”, declara.
O relacionamento ficou sério e eles decidiram pela união, que completa 10 anos. Como Douglas é produtor rural, Leicieli acabou mostrando aptidão para a agricultura e aprendeu a colher e plantar quando morou na fazenda por aproximadamente 7 anos. “Eu pensava comigo: ‘isso aí não é difícil, eu tenho que aprender’. Eu pedia para o Douglas para eu ir colher. E, com o passar dos dias eu aprendi. Depois de um tempo, o Douglas comprou outra máquina, então deixou uma máquina para mim”, disse a empresária em seus dias de produtora rural. “Virou, assim, uma rotina gostosa, porque eu amo demais, eu amo assim, de paixão estar trabalhando no campo”.
Além de fazer a colheita da safra, Leicieli aprendeu a ‘bazucar’, ou seja, levar a produção de trator com bazuca até o caminhão para facilitar a colheita. Mas ela foi além e aprendeu a plantar. “E é uma satisfação quando você entra na máquina, olha e vê que foi você que plantou. É satisfatório demais”, disse.
Depois de um tempo morando na fazenda, Leicieli engravidou da Sophie. “Foi uma descoberta maravilhosa”, resumiu. “É uma experiência inesquecível, que muda totalmente a nossa vida. A gente deixa de pensar apenas na gente e as escolhas passam a ser pensando primeiro nela, na Sophie. Você pensa: ‘eu tenho um serzinho que depende de mim’. Parece que quando ela nasceu me impulsionou a correr mais atrás do que eu queria, do que realmente eu queria”.
A escolha do nome da filha do casal veio do filme ‘Cartas para Julieta’. A empresária elogiou o cuidado que Douglas tem com ela e a filha. “Ele é um superpai e um marido cuidadoso”.
Mas, apesar de ser uma mãe carinhosa, Leicieli procura sempre corrigir Sophie. “Porque mãe não é só dar carinho e dar amor, mãe é corrigir também”, assinala.
Há pouco tempo, Douglas e Leicieli mudaram para cidade para que Sophie começasse estudar. Desde então, a empresária passou a se dedicar à Loja Donna, que funcionou inicialmente num anexo à residência do casal. “Pensei: ‘não, eu não vou ficar dentro de casa’. Foi então que surgiu a ideia da loja. E eu apaixonei por esse mundo da moda também”.
A empresária se mostra entusiasmada com a experiência com a Loja Donna. Uma das coisas que mais chama sua atenção é o fato da mudança que uma visita à loja faz nas pessoas. Leicieli lembra que algumas pessoas saem mais ‘leves’, como se fosse uma terapia. “Parece que as pessoas vêm aqui para conversar, além de fazer compras. Eu falo que eu não tenho só cliente, eu tenho amigas. Porque todas que chegam aqui compram pela primeira vez, criam um vínculo de amizade”, observa.
Entre os sonhos que tem, está o de ver Sophie crescer com qualidade de vida. Leicieli Sampaio acredita que a maior riqueza que existe é a família unida e feliz, trabalhando e crescendo junta, como tem sido ao longo da última década. “Para mim não tem dinheiro que pague o fato de a pessoa fazer questão da tua presença num lugar. Você é especial, de alguma maneira marcou na vida dela. Então eu quero que a loja tenha o meu jeito de ser, seja assim marcante na vida das pessoas, consiga fazer a diferença”, define.
A empresária reconhece que os pilares que permitem novos conhecimentos são a família, aquela em que foi gerada e à que ganhou, após conhecer Douglas. “Meus sinceros agradecimentos a minha sogra, Mary Bohm, meu sogro, James Bohm, e minha cunhada Marina Bohm pela acolhida na família e pela oportunidade de aprender a trabalhar no agro. O que aprendi como pessoa dedico a minha mãe Lucilene e meu pai Dirco, que foram os meus pilares para aprender a viver e conviver no mundo “, conclui a empresária.
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