Para o consumidor, o preço da carne suína apresentou aumento em cerca de 5% no acumulado de janeiro a maio de 2023 em comparação ao valor médio de 2022. De acordo com o Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), a explicação para parte desse aumento é a elevação nas exportações de carne suína pelo Brasil.
Nos primeiros 5 meses deste ano, foram exportadas mais de 473 mil toneladas de carne suína, volume 16% maior que no mesmo período de 2022. O consultor do Safras E Mercado Fernando Iglesias avalia que a recuperação das exportações é um fator importante para o mercado da suinocultura, pois 2022 foi um ano de crise para o setor.
“O setor operava com margens muito apertadas e deterioradas e esse ano está experimentando alguma recuperação em seus preços, mas não de uma maneira muito agressiva”, explica.
O consultor expõe que não há grande espaço para altas consistentes da carne suína este ano devido à maior disponibilidade, hoje, de carne bovina no mercado.
“Para o segundo semestre, eu diria que o Brasil vai seguir vendendo grandes volumes de proteína de origem animal, não só de carne suína. Vai manter um bom desempenho de suas exportações, mas de qualquer maneira, o ponto mais positivo em relação a preço deve acontecer no último trimestre — que é efetivamente o período de maior demanda ao longo do ano”, esclarece.
De acordo com o boletim, as exportações de carne bovina do Brasil caíram 9,5% nos primeiros cinco meses de 2023, quando comparado ao mesmo período de 2022. Essa queda é atribuída, em parte, pela interrupção das compras pela China, que é o principal comprador da proteína brasileira.
Os preços médios pagos aos produtores de frango, boi e suíno no Paraná sofreram uma redução de 1,9%, 7,5% e 8,1%, respectivamente, em maio comparado ao mês anterior. No mesmo mês, o preço médio por quilo de frango foi de R$ 4,77, a arroba bovina foi de R$ 255,38 e o quilo do suíno foi de R$ 6,10.
Fonte: Brasil 61
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